A organização de um casamento é um acontecimento. Mesmo quem pretende manter a coisa ali nas entrelinhas da calma e simplicidade acaba sempre por levar com os ahhh já falta pouco, com as perguntas diárias atão e a lua de mel? Ainda não tens sapatos?! E já escolheste as músicas? E o fotógrafo, e o bolo de noiva, e os convites?! Um sem fim de coisas e coisinhas que dão que falar. E pior. Dão que fazer! No meio de tanto pormenor, há um sobre o qual nunca tinha sequer pensado. O apelido! Ficar ou não ficar com o apelido dele? Eis a questão. Já pensei um bocadinho no assunto e acho que tenho o caso quase arrumado. Ainda assim, pedi a opinião ao meu irmão, grande conselheiro. O mail que me enviou veio tão cheio de sabedoria que achei que merecia partilhá-lo convosco.
'O assumir um apelido comum é uma forma de dizer, de deixar claro para todos, que a partir de um determinado momento um homem e uma mulher são uma única família. Entende-se. Sendo a nossa cultura (e toda a sociedade ocidental) de matriz patrilinear, e, mais ainda, machista, é normal que quem dá o apelido à filharada e à mulher é o marido. Enfim. É hoje bem reconhecido que este modelo assenta em pressupostos equívocos e em preconceitos que evidentemente inferiorizam a mulher... Dito isto, é perfeitamente normal que os casais encontrem hoje outras formas de "comunicar oficialmente" a sua nova condição de marido e mulher, de família que se quer una e indivisa (acho que há casais que fazem por exemplo assim: ele assume o apelido da mulher e vice-versa ou simplesmente mandam a tradição dar uma volta para privilegiar os novos valores da emancipação feminina, e no fundo os valores do indivíduo em detrimento da massificação social... Mas, mudando a cassete, o mais importante é sempre o entendimento entre as partes, e, francamente, numa questão destas não faz muito sentido que qualquer uma das partes faça "finca pé". Mas, se existe, e se, por uma questão cultural ou de tradição, o marido "exige" que a mulher fique com o seu apelido, isso pode ser revelador de uma certa falta de visão e de abertura para o que está a acontecer no mundo de hoje. Se, para além disso, se tratar de um certo medo de perder o estatuto de autoridade máxima no seio do casal, isso já seria mais preocupante... o mesmo questionamento se pode colocar à mulher. Conclusão: o ideal é que ambos se situem diante de tudo isso com liberdade, abertos... Se a tendência é cada vez mais outra, há que mudar. Se não, há que aceitar a tradição porque (mesmo quando estas nascem de preconceitos e tal...) têm sempre a sua beleza e sabedoria. Ora toma lá que é para aprenderes a não me estares sempre a fazer perguntas.'
Fiquei logo com um tratado sobre o assunto assim só para me baralhar ainda mais. Já que tomamos café todos os dias para falar de decoração, permitam as minhas amigas que vos pergunte: ficar com o apelido do marido? Sim ou não? É que aqui não há meio termo...
Oi Lisete :)
ResponderEliminarApesar do trabalho é uma delícia pensar nos pormenores todos e depois fica a memória de um dia sem igual...
A minha opinião sobre a questão dos apelidos é não. E eu já tomei a decisão contrária. Por isso, para além das mil e uma questões que podemos levantar, e das mil e uma razões que considero existirem, refiro apenas que dá menos trabalho não mudar de nome e mantém-se uma certa individualidade ( embora não seja por aí ).
Beijinho e bom trabalho :)
Teresa
Lisete, venho quase todos os dias ao blog, "cuscar" as novidades mas nunca comentei.
ResponderEliminarHoje não pude ficar indiferente, pois eu tenho uma opinião muito pessoal sobre esse assunto.
Sou casada não tenho o nome do meu marido por uma simples razão, quem me deu o nome foram os meus pais, e em minha opinião devo morrer com o nome deles e não com o nome do meu marido.Sim casámos, gostamos muito um do outro, somos felizes, mas para quê o nome dele no meu nome, nasci e morrerei com o meu nome dado pelos meus pais. Pode parecer estranho para muita gente mas eu penso assim. Portanto a resposta à pergunta é não!!
Lisete: a minha experiência como advogada ensinou-me que nem sempre corre bem assumir o nome do marido (ou da mulher, porque também conheço casos desses). O seu irmão tem razão quando fala em tradições e machismo; penso que foi esse o espírito. Se me é permitido o conselho mantenha a sua individualidade. O nome nada vai mudar. A minha experiência como mulher diz-me o mesmo; optei por não assumir o nome do meu marido porque tinha uma carreira sólida onde era conhecida por um sobrenome que não pretendia mudar e, por outro lado, entendi que não deveria sujeitar-me aos comentários maldosos daqueles que iriam apressar-se a dizer que só tinha assumido o sobrenome do meu marido por ser de uma família muito conhecida. Quatro anos volvidos estou cada vez mais certa de que fiz bem não adotar o sobrenome dele...
ResponderEliminarOlá Lisete, não posso dizer se deve ou não ficar com o nome do seu futuro marido, o que lhe posso dizer é o que eu fiz. Eu decidi não ficar com o nome dele por questões exclusivamente burocráticas, tinha de fazer novos documentos e achei que dava muito trabalho e ele também não fazia questão. Para além disso, o meu apelido não é muito comum ao contrário do dele. Posto isto, agora que estou de bebé, o apelido do pequeno vai ser o meu e não o dele porque questões muito pessoais que agora não são para aqui chamadas. Ou seja, acho que o principal é existir um entendimento entre dois sem pressões tal como disse o seu sábio irmão. Beijinhos
ResponderEliminarOlá Lisete, antes de mais Parabéns pelo casamento, os preparativos devem ser feitos com alegria e tranquilidade, na medida em que nos dão prazer! Claro que há sempre um pouquinho de stress à mistura, uma inquietude própria dos perfecionistas!
ResponderEliminarQuanto à questão que nos colocou, considero que estamos na era em que as mulheres, embora nem sempre o assumam, pretendem afirmar e deixar clara a sua emancipação,optando por não adoptar o sobrenome do marido. Sem grandes fundamentalismos, o valor mais alto é o amor que une um casal, o resto são meros pormenores... siga o seu coração! Quanto a mim, não adoptei o nome do meu marido, até porque o meu é muito mais giro:)
Bjo
Lembro-me de ainda ser uma teenager e ouvir uma senhora dizer: "Pai e mãe há só um, maridos há muitos!". Claro que a parte dos "maridos há muitos" não é a minha praia (espero ficar com o primeiro e único que tenho para sempre!!!!), mas na altura aquela frase ficou-me na memória. Mais adulta e já em fase de preparativos do casamento também me deparei com essa dúvida. Decidi ficar com o meu nome, aquele que cresceu comigo e que os meus pais escolheram! Não deixamos de ser outra pessoa depois de dizer o sim e por isso não segui a tradição, pois não fazia sentido.
ResponderEliminarAcima de tudo, os noivos devem sentir-se bem e confortáveis com a decisão que tomarem :)
Beijinhos
Olá Lisete.
ResponderEliminarParabéns pelo casamento. Dá trabalho mas vale a pena.
Quanto á mudança de nome eu optei por não mudar. Fiquei com o meu (que até é pouco vulgar). Eu costumo dizer (e a brincar) que naquele dia eu casei-me, não me batizei :)
Para mim nome o que nós temos desde sempre e será nosso para sempre.
E sim estou casada há 10 anos, somos felizes e nunca me arrependi de não ter adoptado o nome do meu marido.
Felicidades
Olá Lisete! O apelido faz parte da nossa individualidade, é a nossa marca desde a nascença! Porquê alterar isso?! Não se perca com esses pormenores... desfrute apenas o momento, que é único e esse sim, é vosso e devem partilhá-lo:) Beijinho, Manuela
ResponderEliminarOlá Lisete, estou casada à 35 anos com o apelido do marido e nunca me senti inferior ou com menos autoridade por isso. Não foi uma imposição, foi algo natural, decidido por mim no próprio dia do casamento. Acho que não faz diferença nenhuma adoptar ou não o apelido do conjuge. Partilhamos a vida em tudo aquilo que se pode imaginar. A partilha de um apelido não pesa em nada. Mas também compreendo quem decida não o fazer. Entretanto, enquanto anda em preparativos para o casório, aproveite muito bem estes tempos, porque serão tempos para mais tarde recordar com saudade. É sempre muito giro apesar de haver algum stress
ResponderEliminarCara Lisete
ResponderEliminarAqui no Brasil a tradição é a mesma. Sugiro que você responda a essa simples pergunta: Tens orgulho do sobrenome (apelido para vocês portugueses) de seu futuro esposo? E ele ficaria feliz te dar o apelido? Eu me casei há 06 anos e tenho o sobrenome da família do meu marido com muito orgulho, nunca me senti inferior por isso. O único problema é ter que alterar todos os registros. Seja muito feliz.
Eu fiquei com o apelido do marido..nunca foi uma questão entre nós..sempre quis isso..síndrome de filha de pais separados em que eu mantinha o nome do pai e a mãe já tinha o nome do meu padrasto..quando nos referiam como família X..eu não tinha esse apelido :\
ResponderEliminarJá passaram quase 8 meses e ainda gaguejo quando me perguntam o nome..e ao assinar ainda pior..mas tenho muito orgulho de sermos uma família e de partilharmos o apelido :)
O facto de adotar o apelido do marido não muda nada em relação aos documentos, que naturalmente com a alteração do estado civil têm de ser alterados e assim sendo, altera-se tudo.
ResponderEliminarEu casei há 13 anos, na altura tinha 24, estava a começar a "minha" familia que també merecia um nome,a ssim eu adotei o apelido dele e ele o meu.
Profissionalmente usamos o nosso primeiro nome os os dois apelidos.
No inicio parece estanho, como vai estranhar ter uma aliança, dizer casada, passar a dizer o meu marido, um nome novo, mas depois é giro, e é uma forma de individualizarem a "vossa familia" Bjs
Olá,
ResponderEliminarEu adoptei o apelido do meu marido porque queria mesmo ficar com o nosso nome de família, igual para ambos.
Depois com filhos, também acho que faz sentido que ambos os pais tenham o mesmo apelido.
O que penso agora é que o meu marido também poderia ter adoptado o meu, antes do dele. Assim ficaríamos ambos apelido mulher + apelido marido. Deixo a ideia.
No entanto, na minha nova assinatura oficial, assino sempre um dos meus apelidos antigos e o novo, para não perder o apelido de família.
Profissionalmente, já era conhecida pelo apelido antigo e assim mantive (na agenda da empresa aparece o meu nome completo mas na assinatura de email e no proprio endereco consta só o antigo.
eu fiquei com o nome do meu marido, ele ficou com o meu. Felicidades!
ResponderEliminarPatrícia Santos Almeida
Olá Lisete!
ResponderEliminarOptar pelo apelido do marido, é uma coisa muito pessoal que só a vós diz respeito. Eu casei há umas décadas e na altura era comum e também com 20 anos não deu muito para pensar. Hoje não o faria. Não por alguma coisa ter corrido mal, muito pelo contrário. Mas penso que a nossa individualidade é muito importante e devemos preservá-la!
Veramaria
"Se a tendência é cada vez mais outra há q mudar..." Não concordo muito com esta frase no "tratado" do seu irmão. não temos que andar a reboque de tendências ou modas. mas talvez q ele queira dizer q a sociedade evolui muitas vezes para melhor, e que nesse caso é bom, depois de um bom discernimento, acompanhar essa evolução:) bjs. jajé:)
ResponderEliminarOlá Lisete, muitos parabéns pelo casamento! É fantástico preparar tudo, adorei preparar o meu!
ResponderEliminarQuanto ao apelido, casei há sete anos, optei por adoptar o do meu marido. Decidi a pensar na família que íamos criar, nos filhos etc. Não me arrependo, mas digo-lhe, que ainda hoje, quando me perguntam o nome eu digo o meu nome de solteira e só depois digo o de casada. No mundo do trabalho também sou conhecida pelo meu nome de solteira...Quando vou a algum lado em que me chamam pelo primeiro nome e apelido 'novo', não respondo à primeira....Mas, a verdade é que não me arrependo porque já com dois filhos somos os quatro a Família XY... E o meu nome nunca é esquecido!!! Depende muito da vontade dos dois, foi uma decisão dos dois, e se tivesse sido outra seríamos felizes na mesma!
Há 30 anos a minha mãe adoptou o apelido do meu pai, mas o meu pai também adoptou o apelido da minha mãe.. Considero-a uma visionária :) Um dia quando casar, só adoptarei apelido se for nas mesmas circunstâncias.
ResponderEliminarNa minha opinião, quando um casal se casa, há uma constituição de uma nova família e faz muito mais sentido o apelido do homem e o apelido da mulher que são as raízes da família..
Beijinhos. Cláudia
Não sou casada, vivo em união de facto há 8 anos. Não por convicção mas porque ainda não nos lembrámos de casar. Mas sendo marido e mulher, de facto, já me questionei sobre isso do nome. Numa primeira análise, é não. É o meu nome, a minha identidade. Mas há uns tempos a minha filha, no meio de uma conversa qualquer, veio com esta: "Oh mãe, eu sou Silva, o pai é Silva e tu és o quê?". Por isso acho que terei que rever um pouco esta questão... Um beijinho e muitos parabéns.
ResponderEliminarSou casada há 10 anos e adoptei o apelido do meu marido por várias questões, entre elas, o dele ser mais bonito do que o meu e ficar com o apelido que os filhos
ResponderEliminarSou casada há 34 anos e conservei o meu nome de família. Não conseguia imaginar-me a mudar de nome, de repente. Tomei a decisão na hora, sem consultar ninguém, quando o sr. do cartório me perguntou como ficava o meu nome. O meu marido achou muito bem. Não me arrependi, e não foi por isso que fui menos feliz.
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